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Já falamos sobre os riscos de dar
chocolate para o seu cachorro. Na reportagem feita pela Débora Carvalho
Meldau, você encontrará mais informações sobre o efeito tóxico dessa
substância e o que pode ser feito para socorrer o seu cachorro.
Diversos
alimentos que fazem parte da alimentação dos seres humanos não devem
fazer parte da dieta dos cães, dentre eles estão o café, a cebola, o
alho e o chocolate, sendo este último o responsável pela maior parte dasintoxicações alimentares em cães.
Compondo o chocolate estão carboidratos,
aminas biogênicas, neuropeptídeos e metilxantinas (cafeína e a
teobromina), com o problema residindo exatamente nessas últimas.
A teobromina, que é encontrada no
chocolate em quantidade bem superior a cafeína, é a mais perigosa para
os cães, sendo que a quantidade dessa substância aumenta de acordo com o
teor lipídico do chocolate, sendo maior em chocolates amargos. Contudo,
a cafeína, embora seja encontrada de 3 a 4 vezes em menor quantidade no
chocolate do que teobromina, também contribui para o quadro de
intoxicação.
As metilxantinas são altamente
lipossolúveis, atravessando com facilidade as barreiras hemotoencefálica
e placentária, sendo absorvida rapidamente pelo trato gastrointestinal.
Após cair na corrente sanguínea, estas substâncias alcançam diversas
partes do organismo e, quando no sistema nervoso central, competem com a
adenosina, que é um inibidor pré-sináptico neuromodulador, ocasionando
então excitação.
As manifestações clínicas podem surgir
concomitantemente ou de forma isolada, tipicamente dentro de 6 a 12
horas após a ingestão de chocolate, podendo persistir por até 3 dias, e
inclui diarreia, vômito, polidipsia, poliúria, excitação, tremores,
taquicardia ou bradicardia, febre, respiração acelerada, convulsão e
coma. Em alguns casos, também pode ocorrer hemorragia intestinal, dentro
de 12 a 24 horas após a ingestão de chocolate.
A teobromina tem meia-vida de 17,5
horas, mas pode permanecer no organismo cerca de 6 dias após ser
ingerida, pois ela é excretada pelo fígado e não pelos rins. Desta
forma, a quantidade tóxica não precisa ser ingeridas de uma só vez.
A dose tóxica varia de acordo com o
porte físico do animal, a sensibilidade do animal à teobromina e também
com o tipo de chocolate que é ingerido. Contudo, se um animal de cerca
de 2 kg ingerir uma barra de chocolate ao leite de 120 g, isso pode ser
letal. Em um cão de porte maior esta dose pode não ser fatal, mas pode
levar a manifestações gastrointestinais e/ ou até neurológicas.
Não há um tratamento específico para a
intoxicação por chocolate, sendo feito somente tratamento suporte. O
correto é levar o animal o mais rápido possível ao veterinário para que o
mesmo tome as medidas adequadas. Quando a ingestão for recente (até 3
horas) deve ser feita a indução do vômito. Já quando o chocolate, por
ser composta de lipídios, pode aderir-se à mucosa gástrica, devendo-se
então fazer uma lavagem estomacal. A fluidoterapia deve ser realizada,
visando fazer uma correção dos eletrólitos, bem como a reidratação do
animal.
Fontes:
http://www.saudeanimal.com.br/rogerio_intoxicacao_choco.htm
http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=intoxicacao_chocolate.htm
http://petcare.com.br/blog/intoxicacao-por-chocolate-em-caes/
http://www.saudeanimal.com.br/rogerio_intoxicacao_choco.htm
http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=intoxicacao_chocolate.htm
http://petcare.com.br/blog/intoxicacao-por-chocolate-em-caes/
Artigo publicado em Infoescola (http://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/intoxicacao-por-chocolate-em-caes/)
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