segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Diabetes pode atingir cães e gatos

Muito se engana quem pensa que o diabetes é um mal que só atinge os seres humanos.

diabete-1024
A doença, que consiste na incapacidade ou ineficiência de produção de insulina, também é muito frequente em cães e gatos. As principais causas da disfunção são de origem genética, mas a obesidade também é um dos fatores que pode desencadeá-la, inclusive nos animais.
Com o aumento do poder socioeconômico no país, os animais de estimação recebem um cuidado melhor de seus donos e, consequentemente, tem sua expectativa de vida prolongada. A alimentação à base de ração de boa qualidade e com alto valor energético é um dos motivos para esse prolongamento. Porém, é preciso ficar atento para que não ocorram exageros. “Se essas rações não forem oferecidas de maneira restrita, obedecendo ao requisito do animal, ele pode desenvolver obesidade e também a diabetes”, alerta a médica veterinária Júnia Maria Cordeiro Menezes.
De acordo com a veterinária, algumas raças já têm pré-disposição à diabetes como o poodle, pinscher, bichon frisé e os mestiços dessas raças. Entretanto, o grande “vilão” para desencadear a doença é a obesidade. “Normalmente a obesidade do cão e do gato é responsabilidade do dono, pois a grande maioria dos animais não possui problema endócrino”, diz. Para ela, uma das formas de manifestação de carinho do proprietário com o seu animal é através da alimentação. “Muitos alimentam o seu animal de estimação de forma inadequada por ser um momento de interação. Acontece também de o próprio proprietário ter um mau hábito alimentar, o que se estende ao animal”, explica.
Diferentemente dos humanos, os animais não fazem exames de prevenção contra doenças. Dessa forma, normalmente o cão ou gato que chega com diabetes para consulta no hospital, já apresenta sintomas como catarata, aumento do volume da urina e da ingestão de água e emagrecimento. “A maioria dos proprietários já suspeita da doença em seus animais, pois os sintomas são semelhantes aos dos humanos,” observa Júnia.
Uma vez feito o diagnóstico, o tratamento é semelhante ao da medicina humana. “Recomendo sempre controlar o animal com o aparelho utilizado para fazer medições de glicose”, diz a veterinária. Ela afirma que a monitoramento é importante para que o animal não passe muito tempo no hospital. “O que observamos é que o animal diabético que precisa ficar internado para fazer a curva glicêmica fica estressado e não se alimenta. Isso pode piorar o quadro”, relata.
Júnia afirma que os animais diagnosticados no estágio inicial da doença têm uma boa sobrevida. “Muitos animais chegam a viver a expectativa de vida normal”, completa.

Fonte: UFMG

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...