De acordo com comportamentalistas caninos, 99% dos donos têm problemas com cães em decorrência da falta de regras.
No início, muitas pessoas acham graça ao ver um filhote destruindo o
chinelo, rosnando para o dono ou brincando de cabo de guerra. Contudo,
segundo especialistas, o comportamento do dono nessa frase é crucial
pois 99% dos problemas que estes tem com seus cães decorrem da falta de
imposição de regras nos primeiros meses de vida.
Os especialistas explicam que o comportamento do animal se constrói
enquanto ele ainda é filhote e que este é o momento ideal para eliminar
maus-hábitos e alinhar seu comportamento, já que até os três meses de
idade a memória canina é similar a uma folha em branco.
Confira os cinco erros mais comuns dos proprietários com seus filhotes e dicas para suas respectivas soluções:
1. Falta de um líder: Os cães, por natureza, são
animais de matilha e essa, por sua vez, necessita de um líder. Se nenhum
morador da casa assumir esse papel, o filhote o assumirá. Portanto,
desde os primeiros meses o dono deve se impôr como líder e deixar claro
quem comanda o território.
2. Receio de repreender o filhote: Logo nos
primeiros dias de vida o filhote não possui experiência prévia para lhe
indicar o que seja certo ou errado – o que pode e o que não pode -, por
isso é o dono quem deverá ensiná-lo. Não repreendê-lo quando fizer algo
incorreto, por exemplo, poderá acarretar problemas futuros. Repreender
não significa maltratar, mas sim lhe apresentar uma situação indesejada
como conseqüência do que ele fez, desestimulando sua repetição.
Pronunciar uma palavra de repreensão em tom firme no momento em que o
cão praticar a ação indesejada, como um ‘não!’ enérgico, é um exemplo.
3. Brincadeiras de morder: Dentre as inúmeras
brincadeiras que se faz com um cão, muitas pessoas dão a mão para que o
filhote brinque de mordê-la, resultando em pequenos cortes e arranhões. A
brincadeira, engraçada no início, pode trazer uma série de problemas
sociais quando o cão estiver adulto, pois se ele aprende que é permitido
morder, provavelmente utilizará dentadas freqüentemente ao longo de sua
vida. Para corrigi-lo, pode-se usar uma técnica que consiste em colocar
o polegar na língua do cachorro e pressionar até que ele tente
empurrá-lo para fora de sua boca. Essa técnica deve ser feita de modo
rápido e somente no ato da mordida (jamais deve-se utilizá-la como
maneira preventiva). Não se deve esquecer de sempre utilizar a palavra
de repreensão enquanto aplica a correção e de não permitir que nenhum
outro membro da família ou amigos deixe-se morder. Brinquedos próprios
para cães são uma alternativa para suprir esta necessidade.
4. Falta de controle nos passeios: Para muitas
pessoas a hora do passeio é sinônimo de confusão, pois enquanto o dono
vai para um lado, o cão puxa para o outro, seja buscando postes, outros
animais ou mesmo correndo atrás de carros e motos. Primeiramente só se
deve passear na rua com o cão após ele ter tomado todas as vacinas,
enquanto isso, segundo comportamentalistas, pode-se acostumá-lo com a
coleira folgada algumas horas por dia, dentro de casa. A partir do
momento em que o animal puder passear em locais públicos, e o ideal é
fazê-lo diariamente, deve-se aumentar o tempo dos passeios de forma
gradativa. Sempre que for sair de casa para dar uma volta, a orientação
é, primeiramente, colocar guia e coleira adequada ao tamanho do
cachorro, posicioná-lo do lado esquerdo e começar a andar levando o cão
ao lado. Todas as vezes que ele puxar a guia ou travar deve ser
repreendido com as palavras de repreensão e um puxão. Quando o cão andar
junto e sem puxar, o dono deve elogiar o animal com palavras ou
petiscos, manter a guia folgada e dar comandos que indiquem sincronismo,
como, por exemplo, ‘junto!’.
5. Isolamento na hora das refeições: A maioria das
pessoas coloca ração para o filhote no pote e sai para fazer outras
coisas, deixando-o se alimentar sozinho. Desse modo, o cão aprende que a
hora da refeição deve ser um momento solitário e pode reagir
agressivamente todas as vezes em que está comendo e alguém chega perto
dele ou do próprio pote de ração. Uma dica para evitar essa
agressividade desde os primeiros dias de vida é sempre que possível
ficar próximo ao filhote durante as refeições, acariciando seu pêlo e
colocando a mão no pote de ração do animal enquanto ele se alimenta.
Isso fará com que o cão se acostume com a presença humana durante sua
alimentação e evitará que, futuramente, o animal avance nas pessoas na
hora da comida ou se torne agressivo quando, por algum motivo, o dono
precisar manusear seu pote de ração. Caso o filhote rosne ou morda o
dono durante esse exercício, é importante que haja repreensão no mesmo
instante e até mesmo, se necessário, a retirada da comida. Restabelecida
a calma, o proprietário pode devolver o pote para dar continuidade à
refeição. Segundo especialistas, essa atitude é fundamental para o
cãozinho aprender que o dono é o líder e pode manusear ou simplesmente
retirar o alimento a qualquer hora.
Mesmo com essas dicas, é de suma importância que você procure um
médico veterinário para realizar um acompanhamento pediátrico com seu
filhote. Só assim você garantirá orientação profissional correta,
vermifugação e vacinação em dia.
Fonte: DogDicas.com
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